quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Taylorismo e o paradigma da produção em massa

Taylorismo

Em 1911, o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, ele propunha uma intensificação da divisão do trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas.
Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo. Portanto, o trabalhador que produzisse mais em menos tempo receberia prêmios como incentivos.
Fordismo
O norte-americano Henry Ford foi o primeiro a pôr em prática, na sua empresa “Ford Motor Company”, o taylorismo. Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;
1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

Diferenças entre Taylorismo e Fordismo

Taylor estudou a participação do homem no processo produtivo.

Ford desenvolveu as suas teorias sobre o processo produtivo considerando o homem apenas como um dos meios de produção.

No Taylorismo há a racionalização do trabalho onde o teórico estudou o comportamento dos trabalhadores e visou qualificá-los pra que eles fossem mais eficientes.

No Fordismo o trabalhador é praticamente adestrado e o trabalho é repetitivo. O operário não precisa ser muito especializado.
Em suma, o que diferencia entre os dois modelos é a qualificação do trabalhador, já que ambos tratam de produção em massa.

Fordismo no Brasil

No caso brasileiro pode se observar o emprego de mecanização, bem como a aplicação da racionalização e divisão do trabalho, a parcelização das tarefas, uso extensivo de mão-de-obra não qualificada e implementação de um elevado número de cargos. Contudo, as semelhanças com a versão americana são restritas a estas questões. De maneira diferente a estrutura de cargos aqui estabelecida não chegava a refletir diferenças significativas, quer em termos de tarefas realizadas pelos trabalhadores quer em termos de treinamento ou mesmo de eficiência/produtividade, sendo utilizada pelos empregadores como forma de manter e ampliar seu controle efetivo sobre a mão-de-obra bem como sobre os salários. Outras diferenças foram a evolução salarial, com o crescimento da produtividade não equivalia aos aumentos salariais e a intervenção estatal em favor dos patronos.


Referência Bibliográfica

OLIVEIRA, Marcos Fábio Martins. Rodrigues, Luciene. Capitalismo: da gênese a crise atual. Montes Claros: Unimontes, 1999.

Nenhum comentário: